O(s) lugar(es) da técnica na educação
As questões sobre ciberespaço, cibercultura vêm sendo muito discutidas em busca de um entendimento e de uma apropriação desses novos saberes que nos instrumentalizam em função de seu uso, de nossa autonomia dentro dessa nova realidade (a realidade virtual). Após a leitura do texto sugerido, “Um caso na Cibercultura”, percebe-se que, que no Ciberespaço, os limites comunicacionais se tornam ilimitados (uma vez que a comunicação se faz tanto de forma síncrona como assíncrona, e abarcam uma dimensão contínua e permanente de trocas, assimilações e (dês)construções de elementos culturais, que revelam-se como inovadoras possibilidades reflexivas no âmbito desse um novo espaço de relações, definindo novos espaços e tempos de aprendizagens.
Indubitavelmente, a condição e possibilidades da educação em meio ao universo informacional da cibercultura, segundo Lévy (1999b, p.157), deve estar “fundada em uma análise prévia da mutação contemporânea com o saber”. O saber já não é algo estático, fixo, estanque; é antes um fluxo em contínuo transformar-se.
Vale ressaltar, que esse transformar-se se dá graças a essa dinâmica de incorporação de novas tecnologias nas práticas educativas não garantem, por si só as mudanças almejadas, faz-se, portanto, necessário o amadurecimento intelectual, emocional e comunicacional tanto do professor (articulador) capaz de ajudar os alunos na construção de seus modos de aprender, aprendendo a aprender, como do aluno, que certamente, deve assumir uma postura investigativa, lembrando que, segundo palavras do Professor Andre Lemos (vídeo indicado para análise), "não devemos ficar reféns de equipamentos".
Logo, deve haver uma problematização de seus pontos cruciais a fim de produzir e fazer com que produzam teorias, pensamentos e atitudes que, (em consonância com o que foi lido e visualizado no material de referência), se possa compreender que não há tecnologia que resolva a questão da educação. Que a educação deve ser uma dinâmica entre pares (reais e/ou virtuais, que visam comumente uma nova dimensão de saberes, os quais definem mudança de comportamentos, atitudes, desenvolvimento de competências, habilidades e aptidões na apreensão dessa nova realidade e cultura em função de sua humanização.
Dessa forma, pondera-se que a educação na atualidade, em específico a EAD, propõe uma assimilação desses recursos e tecnologias virtuais (virtualização) no que tange à leitura, videoconferências, análise de vídeos, participação nos fóruns, na utilização massiva da comunicação síncrona e assíncrona, com a expressa proposta de que o aluno crie autonomia para conduzir os estudos. Mas tudo isso com a intermediação e apoio dos tutores e de professores por meio de web-conferências.
A grosso modo, pode-se dizer que a revolução tecnológica acontece para facilitar a vida do ser humano, favorecendo nas atividades cotidianas, eliminando as barreiras de espaço e tempo, diminuindo distâncias, globalizando informações. Mas, em um país onde a maior parte da educação ainda caracteriza-se com aspectos tradicionalista, os professores necessitam de mais formações para estarem instrumentalizados para lidarem com essas novas tecnologias e cultura virtual, para os novos desafios,tornando-se cada vez mais participativos numa linguagem mais digital.
O que se vê, em muitas escolas da rede pública, são laboratórios de informáticas, salas aparatadas de computadores,internet e os recursos virtuais que não são utilizadas da forma proficiente que seria esperada, pois o professor não tem conhecimento, não domina seus recursos.
* O que é ciberecultura?
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