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terça-feira, 11 de novembro de 2014

Humanização, desumanização e técnica







Lendo os textos propostos para estudo, destaquei alguns apontamentos interessantes sobre os dois autores focalizados: 
Para  Heidegger, destaca-se a ideia de que a técnica não é a mesma coisa que a essência da técnica, antes diferem-se. Mas também, a técnica  não pode ser considerada um ‘meio’,  pois, quanto mais se pretende dominar a técnica, mais ela ameaça escapar de nossos domínios. Logo, a técnica não pode ser apenas um meio. E pode-se entrar no âmbito da essência da técnica e saímos da ideia de que a técnica se fundamenta em uma instrumentalização.  Sob esta perspectiva, recorre-se a dois enunciados  para tentar responder  à essa questão:  
1 - a técnica é um meio para fins; 
2 - a técnica é um fazer do homem. As duas determinações da técnica estão correlacionadas, e estabelecer fins, arranjar e empregar os meios  de como chegar a eles, constitui um fazer humano.  

Para Simondon, é possível estabelecer distinções entre esses campos e criar um  estudos que focalizam a gênese e a genealogia dos objetos técnicos e naturais, considerando ‘campo científico como o conjunto de leis criado para categorizar e sistematizar a natureza das coisas, a partir dele construirmos nossa leitura do mundo e também planificamos nossa tecnicidade e tecnologia’. Nisso o autor estabelece diferenças entre objeto técnico concreto  e  objetos naturais vivos estabelecendo relações que se fundem na cultura, ou seja, partindo do campo científico à sua concretização e se inserindo  dentro da cultura, numa tentativa de superação da alienação psico-fisiológica.
Numa contextualização à realidade que se estabelecera à partir do século XX até nossos dias atuais, as tecnologias avançaram de tal forma que a vida do ser humano está intimamente ligada às tecnologias,  com o surgimento de ecossistemas tecnológicos que é terminantemente difícil imaginar a vida do homem sem as tecnologias, mas  ao mesmo tempo, é importante pensar esta relação que estabeleça uma utilização das mesmas sem se tornar um ‘escravo’ das tecnologias mas que possa usufruir delas de forma profícua e inteligente.

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